
O Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim – Costa Verde – Portugal (FIMPV: festivalmusica@cm-pvarzim.pt) foi criado em Julho de 1979 pela concessionária da zona de jogo local, a empresa SOPETE, S.A., sob proposta do pianista Sequeira Costa. A fundação do FIMPV obedecia a quatro objectivos nucleares que viriam a manter-se ao longo do historial: a apresentação de intérpretes de nível internacional e dos músicos portugueses mais relevantes; lançamento de jovens intérpretes portugueses, ainda desconhecidos do grande público; valorização dos monumentos arquitectónicos da região como espaços de concerto; e promoção da região em Portugal e no estrangeiro. Subjacente a esses objectivos tem estado a preocupação constante da divulgação das obras-primas da grande música europeia de todas as épocas e o apoio à criação contemporânea.
A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim (CMPV), que havia acolhido a iniciativa desde a primeira hora, cedeu em 1994 importantes estruturas para instalação do secretariado e, também a partir desse ano, iniciou uma parceria com a empresa fundadora, assumindo responsabilidades de organização e promoção, passando inclusive a estar na base da criação da Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim (APMPV), em 2003, estrutura destinada a gerir legalmente a gestão conjunta do FIMPV e mais quatro ATIVIDADES complementares e interligadas: a Escola de Música da Póvoa de Varzim (EMPV), instituída em 1988; a Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim / Orquestra Verazin (OSPV/OV), fundada em 2002, mas suspensa desde 2012; o Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim (CICPV), em 2005; e o Quarteto Verazin (QV), formado em 2007.
Factor determinante na manutenção do FIMPV, o Ministério da Cultura / Secretaria de Estado da Cultura presta o seu apoio estruturante desde 1997, financiando regularmente a atividade, que se submete a concursos públicos periódicos sempre com estimulantes resultados. Algumas empresas nacionais e regionais contribuem também com o seu apoio financeiro ao abrigo da Lei do Mecenato, embora de forma residual. A empresa sucessora da SOPETE – A Varzim Sol, S.A., concessionária da zona de jogo da Póvoa, abandonou a parceria no início de 2006. O FIMPV beneficia da colaboração estabelecida com alguns dos mais belos templos religiosos da região, como espaços de concerto, nomeadamente a Igreja Matriz da Póvoa de Varzim e a Igreja Românica de S. Pedro de Rates.
Embora sediado na Póvoa de Varzim, ao irradiar nas primeiras edições a sua influência directa por todo o Norte do país (designadamente Braga, Viana do Castelo, Porto, Vila do Conde, Ponte de Lima, Amares, Barcelos, Caminha, Valença, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Vila Real), o FIMPV contribuiu decisivamente para despertar a curiosidade e formar um público próprio e renovado de edição para edição, num admirável esforço de descentralização cultural pioneiro na época.
Do valioso património do FIMPV consta a colaboração dos mais relevantes músicos portugueses e boa parte dos mais respeitados intérpretes internacionais das últimas décadas, alguns em estreia absoluta em Portugal.
Ao longo do seu historial, o FIMPV tem procurado estar a par e, por vezes, antecipar as tendências estéticas da arte musical contemporânea, proporcionando a apresentação dos mais respeitados mentores da música antiga “historicamente informada” e dos expoentes internacionais do repertório clássico-romântico e da contemporaneidade. Continua a imprimir um forte apoio aos novos valores da criação e interpretação portuguesas, sem descurar o esforço de captação e formação de novos públicos através de diversas atividades complementares e manifestações paralelas, muitas delas ao longo do ano, servindo-se para tal das sinergias resultantes das iniciativas regulares da EMPV, do QV e do CICPV.
Natural destinatário de todo este esforço gigantesco, o público do FIMPV tem correspondido calorosamente à maioria das propostas, radicadas na exigência de uma identidade afirmada, vontade de surpreender, inovar e reencontrar o espírito de aventura dos primitivos Festivais de Verão, em enquadramentos históricos apelativos. Através delas, o FIMPV tem assumido desafios permanentes, estimulado pela adesão e curiosidade das audiências, pela cumplicidade da CMPV e pelo reconhecimento institucional do Estado Central – uma tríplice aliança empenhada na nobre missão de dar cumprimento a um genuíno Serviço Público.
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